O presidente do Iêmen, Ali Abdullah Saleh, provavelmente não ficará no poder até o fim de 2011, mas a violência no país aumentará enquanto ele permanecer, afirmou um relatório nesta quarta-feira. As potências globais vem pressionando Saleh a assinar um acordo mediado por países do Golfo Pérsico para entregar o poder e tentar conter o caos crescente no Iêmen, país que serve como residência para militantes da Al Qaeda e é vizinho da Arábia Saudita, maior produtor de petróleo do mundo. 'É improvável que Saleh sobreviva a 2011 como presidente do Iêmen; entretanto a probabilidade de uma transição negociada está diminuindo, e uma tentativa de tirá-lo à força está se tornando mais provável', disse o Eurasia Group no relatório. Esta semana surgiram três focos principais no país -- combates na capital, tropas do governo disparando contra manifestantes em Taiz, no sul, e uma batalha com militantes islâmicos e da Al Qaeda na cidade costeira de Zinjibar. O centro de análises políticas disse que o desfecho mais plausível para a crise é Saleh deixar o poder por meio de um acordo político negociado em uma posição frágil ou ser retirado à força por grupos militares rebelados e líderes tribais. O relatório advertiu: 'Saleh deixar o poder mais cedo não resulta em um estado iemenita funcional que pode retomar o controle do país no curto prazo'. Saleh, um político astuto que governa o empobrecido país há quase 33 anos, vem enfrentando protestos populares que pedem sua renúncia há meses, enquanto suas forças combatem tribos influentes que se alinharam com os manifestantes. VIZINHOS DO GOLFO EXASPERADOS Membros de seu governo e das Forças Armadas começaram a abandoná-lo em março, depois que as tropas mataram dezenas de manifestantes. Os grupos militares rebelados clamaram que outros oficiais do Exército se juntem a eles na oposição ao governo, mas não se envolveram em grandes combates com forças leais a Saleh. Saleh também irritou seus ricos vizinhos do Golfo Pérsico, após concordaro três vezes em renunciar somente para se retirar do plano de transição de poder no último instante. Analistas temem que a instabilidade no Iêmen fortaleça o braço da Al Qaeda no país, que atacou alvos nos Estados Unidos e na Arábia Saudita. O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, pediu um cessar-fogo entre as forças de Saleh e um poderoso grupo tribal depois que combates de rua na semana passada deixaram pelo menos 115 mortos. 'O secretário-geral está gravemente preocupado com os relatos de uso excessivo de força pelas forças de segurança iemenitas contra manifestantes desarmados em Taiz e com a escalada dos combates em Sana e outras cidades, deixando dezenas de civis mortos, feridos e desalojados', disse ele em comunicado. (Reportagem adicional de Lou Charbonneau na ONU)
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